Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
Ganha quem se importa. Este foi o berço do ESG, sigla cunhada em 2004 e que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. Agora, imagine uma linha que une o século passado aos dias atuais. No dia 24 de junho de 1947, na então pacata Santa Cruz do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, era fundado o Sindifumo.
Percorremos a linha imaginária até 2022, quando completamos 75 anos de atuação, e o que vemos? Assim como Santa Cruz do Sul, que floresceu e hoje é um dos mais belos e desenvolvidos municípios gaúchos, o 5º entre 497 no ranking do IDESE – Índice de Desenvolvimento Socioeconômico, o Sindifumo também evoluiu. Mudou, inclusive, de nome: somos agora SindiTabaco.
O pioneirismo e a inovação são marcas do setor do tabaco brasileiro e é um grande diferencial quando se trata de competitividade no mercado mundial. Ganha quem se importa, lembra? O setor do tabaco leva muito a sério as práticas ESG e isso se traduz por ações concretas muito antes de 2004 e por resultados efetivos: já somos, há quase três décadas, líderes mundiais nas exportações de tabaco.
Já em 1978 incentivávamos o reflorestamento e a autossuficiência energética dos produtores de tabaco; em 1998, antes mesmo da OIT regulamentar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, já realizávamos iniciativas com esse propósito; nos anos 2000 já percorríamos dezenas de localidades recolhendo embalagens vazias de agrotóxicos, incentivando a logística reversa previamente à legislação de 2002.
O tabaco brasileiro é produzido com o mais alto padrão de qualidade e integridade e trazer a verdade sobre este tema é um dos muitos objetivos do SindiTabaco. E mesmo com críticas – que se tornam fáceis diante de um produto final que possui suas ressalvas, mas que é legal e uma escolha adulta – a resiliência também faz parte do nosso DNA.
E o que o futuro trará? Temos convicção de que a linha imaginária seguirá conectando gerações e, mais do que isso, seguirá gerando divisas, renda e empregos, além de saúde e segurança, preservação ambiental, bem-estar social e qualidade de vida. São 75 anos de história e vamos rumo aos 100! Com otimismo e energia sempre, afinal, somos parte de uma potência mundial: o agronegócio brasileiro.
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* ESG ou environmental, social and governance, tem o objetivo de engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente. O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins.
— Publicado no jornal Zero Hora, em 30 de junho de 2022.
