Campo em Debate apresenta a defesa do setor do tabaco para a COP 10

30 . AGO . 2023 Releases

Agosto 2023 – Com o tema O tabaco é agro: a expectativa para a COP 10, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), participou nesta quarta-feira, 30 de agosto, do programa Campo em Debate, na Casa RBS TV, na programação da 46ª Expointer, em Esteio (RS). O evento foi transmitido ao vivo pelo canal GZH, no Youtube e contou com a mediação da jornalista Gisele Loeblein.

Ela abriu o debate trazendo os números da produção de tabaco no Rio Grande do Sul, sendo seguida pela participação do presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Drescher. “Chegamos a quase 600 mil pessoas que vivem, diretamente da cultura. Em média, a renda do tabaco corresponde a 51%, e é complementada com diversificação. A média da propriedade é de 10,5 hectares. Nessa pequena extensão de terras, os produtores rurais sustentam suas famílias e utilizam, em média, apenas 3,29 hectares para o tabaco. Pouca área com tabaco proporciona uma excelente renda aliada à diversificação. Na última safra, a renda bruta do produtor chegou a R$ 88 mil per capita por família, em média, e ainda tem a renda da diversificação”, ressaltou.

A diversificação é um dos temas que tem sido tratados pelos países que assinaram a Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas como debater diversificação do produtor sem envolver os principais interessados? A falta de transparência e de inclusão do setor produtivo nos debates foi um dos pontos centrais do debate em torno da participação do Brasil, no mês de novembro, da 10ª Conferência das Partes (COP 10) da CQCT. Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) falou sobre as preocupações do setor em torno do evento. Para o executivo, a ausência de representantes do setor produtivo nas discussões é um símbolo emblemático.

“É lamentável que nem mesmo a representação dos produtores possa participar. A falta de transparência e a completa falta de diálogo entre as partes tornam os eventos unilaterais e, portanto, totalmente ditatoriais”, comenta Schünke. O presidente do SindiTabaco também ressaltou que os países tem autonomia para adotar as recomendações advindas da COP. “O Brasil, no entanto, tem se mostrado, ao longo desses últimos anos, protagonista na adoção dessas medidas, o que é um paradoxo considerando que somos o maior exportador mundial de tabaco há 30 anos e o segundo maior produtor, atrás somente da China”, destacou o executivo.

Ernani Polo, secretário de Desenvolvimento Econômico e representante do governo do Estado, deixou sua fala. “O tabaco seguramente contribuiu muito para o desenvolvimento dos municípios produtores, bem como para a balança comercial do nosso Estado devido aos volumes exportados todos os anos. É preciso que os deputados e as representações marquem sua posição e o governo gaúcho estará junto com eles fazendo essa defesa, sendo solidários com os produtores que desenvolvem uma produção de qualidade, com tecnologia, sustentabilidade e diversificação. Sabemos que há um trabalho feito pelas indústrias e pelo setor para diversificar, mas ainda assim a produção de tabaco é o que segura os produtores no campo”, enfatizou Polo.

Também participaram do evento o presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco), Vinicius Pegoraro; o gerente executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo; e o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Fumo (Fentifumo) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (STIFA), Gualter Batista Júnior.

Os deputados federais Alceu Moreira, Heitor Schuch e Marcelo Moraes, bem como os deputados estaduais Airton Artus, Edivilson Brum, Elton Weber, Kelly Moraes e Marcus Vinicius trouxeram suas contribuições e preocupações ao debate, assim como o senador gaúcho Luiz Carlos Heinze e os deputados federais Pedro Lupion (PR) e Rafael Pezenti (SC), que participaram por meio de depoimentos em vídeo.

TABACO NO RIO GRANDE DO SUL – O tabaco é produzido por 192 municípios no Rio Grande do Sul. Na última safra, cerca de 65 mil produtores produziram cerca de 300 mil toneladas, o que corresponde à metade de tudo o que é produzido no País. No campo, a produção envolve cerca 290 mil pessoas. Em termos de receita, o tabaco gerou R$ 5 bilhões aos produtores gaúchos, além de 25 mil empregos gerados pela indústria no Estado. É do Porto de Rio Grande que parte 80% do total das exportações da Região Sul do País, montante que chega a US$ 2 bilhões anualmente.

Fotos: Divulgação

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