Projeção da Deloitte aponta crescimento de 10% a 15% no volume exportado e nas divisas geradas pelas exportações do tabaco brasileiro.
Abril 2025 - As exportações brasileiras de tabaco devem ultrapassar a marca de US$ 3 bilhões em 2025, segundo projeção da consultoria Deloitte. A estimativa é de crescimento entre 10% e 15% tanto em volume quanto em valor, reforçando o papel do produto como um dos principais geradores de divisas para o País.
No primeiro trimestre deste ano, o Brasil embarcou 104 mil toneladas de tabaco, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat). O volume representa uma leve queda de 1,78% no volume em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, o valor comercializado teve alta de 12,85%, atingindo US$ 744 milhões.
“A preferência dos clientes internacionais pelo tabaco brasileiro é resultado direto da qualidade e integridade do produto, garantidas pelo Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT)”, afirma Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). “A integração favorece a rastreabilidade, o atendimento às exigências internacionais e a sustentabilidade da cadeia produtiva.”
Em 2024, o Brasil exportou 455 mil toneladas para 113 países, gerando US$ 2,977 bilhões em receita – valor que já superava a média histórica da última década (US$ 2 bilhões). O desempenho confirma a competitividade do Brasil em um mercado global altamente regulado e exigente.
Além das divisas, a cadeia produtiva do tabaco tem impacto direto sobre a geração de emprego, renda e arrecadação fiscal. Em 2024, o setor gerou cerca de R$ 12 bilhões em receita para os produtores rurais e R$ 17 bilhões em tributos pagos ao governo brasileiro.
Relevância para a economia regional
O tabaco segue entre os principais motores da economia em estados produtores, especialmente no Rio Grande do Sul, maior exportador nacional. Em 2024, foram gerados US$ 2,7 bilhões em vendas externas ao estado gaúcho, onde o tabaco foi o segundo produto da pauta de exportações, representando 12,55% do total, atrás apenas da soja.
Saiba mais
O Brasil é, há mais de 30 anos, o maior exportador mundial de tabaco, destinando cerca de 90% da produção ao mercado externo. É também o segundo maior produtor global, atrás apenas da China. Os principais compradores do tabaco brasileiro no primeiro trimestre de 2025 foram China, Bélgica, Indonésia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.
Sobre o SindiTabaco
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br
Contato com a imprensa
Eliana Stülp Kroth - elianakroth@sinditabaco.com.br - (51) 99667-7405 / (51) 3713-1777
AND,ALL
Roberta Sena - roberta.sena@andall.ag – (11) 98435-6712
O Instituto Crescer Legal nasceu de um compromisso: oferecer oportunidades reais para adolescentes do campo e fortalecer a aprendizagem como caminho para um futuro promissor. Prestes a comemorarmos 10 anos com a marca de mais de 1.000 formados no curso de Gestão Rural e Empreendedorismo e presença consolidada nos três estados da Região Sul do Brasil, temos a certeza de estarmos trilhando o caminho certo, com um legado de empreendedorismo, autonomia e transformação social.
Nossa jornada começou em 1998, com um pacto do setor do tabaco para combater o trabalho infantil. Ao longo dos anos, evoluímos para um modelo inovador de aprendizagem, preparando os jovens para que tomem suas próprias decisões e possam construir carreiras no campo ou além dele. O que nos trouxe até aqui? Parcerias fortes, planejamento estratégico e um compromisso inabalável com a educação. O que vem pela frente? Mais oportunidades, mais transformação e mais histórias de sucesso!
Estamos tendo resultados tão eficazes porque o Instituto é conduzido por pessoas comprometidas e dedicadas e conta com parcerias fortes com os municípios e as empresas associadas. E os aprendizes e egressos têm se apropriado da sabedoria de que o conhecimento abre portas e capacita para a conquista dos sonhos de vida. Assim, consolidamos nossa missão de promover a transformação de vidas no meio rural e seguimos espalhando oportunidades e colhendo histórias de sucesso, transformando cada projeto em um futuro de possibilidades infinitas para os jovens.
Valmor Thesing,
Diretor Presidente do Instituto Crescer Legal.
Projetos de lei sobre a classificação do tabaco nas propriedades dos produtores no Paraná e em Santa Catarina reacendem discussões sobre os impactos à cadeia produtiva.
Abril 2025 – A cultura do tabaco na Região Sul do País é mola propulsora da economia de 509 municípios. São 626 mil pessoas envolvidas com a atividade que gerou na última safra 11,8 bilhões de receita aos produtores integrados. O tabaco produzido tem como destino principal a exportação: em 2024, o produto gerou US$ 2,89 bilhões em divisas e R$ 16,8 bilhões em impostos.
Os projetos de lei 119/2023 e 110/2025, no Paraná, e 010/2023 e 0273/2024, em Santa Catarina, que dispõem sobre a classificação do tabaco nas propriedades, ameaçam a parceria estabelecida entre produtores e empresas, conhecida como Sistema Integrado de Produção de Tabaco e que tem sido exemplo para vários segmentos do agronegócio brasileiro. No Rio Grande do Sul os projetos aprovados geram, ainda, problemas quanto a sua operacionalidade prática, como a dispersão geográfica da produção e a insuficiência de fiscais classificadores dos órgãos estaduais.
O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), entidade que representa as indústrias tem, desde o início da discussão, exposto a preocupação com as consequências práticas destas medidas para toda a cadeia produtiva. Entre eles está o aumento significativo de custos; a seletividade de produtores para reorganização das áreas de produção, com prejuízos aos municípios geograficamente mais distantes; prejuízos aos estados com o fechamento de filiais de compra, acarretando em perda de empregos e impostos; aumento de custos aos estados com a contratação de centenas de fiscais classificadores de tabaco pelos órgãos estaduais (Emater/RS, Cidasc/SC e IDR/PR); aumento do custo aos produtores com a necessidade de adequação das instalações na propriedade para efetuar uma avaliação justa da qualidade do produto; bem como a perda de competitividade no mercado internacional devido ao aumento de custo e transferência da produção para outros países, com consequente redução de divisas, empregos, renda aos produtores, impostos aos municípios, Estados e União.
Para o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, preocupa a possível ruptura do Sistema Integrado de Produção, que traz garantias para todos os elos da cadeia produtiva, e o aumento de empresas que não cumprem as regras estabelecidas pela Lei da Integração (13.288/2016). “É preciso refletirmos: por que uma empresa integradora firmaria contrato com o produtor, prestaria assistência técnica gratuita, financiaria e avalizaria os financiamentos dos insumos e investimentos sem garantias de receber a safra contratada? Entendemos que aperfeiçoamentos no modelo de classificação e compra do tabaco devem ser discutidos de forma técnica entre as partes, no âmbito do Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro), seguindo os parâmetros definidos pela Lei de Integração. Tornar o tema objeto de discussão política tende a levar a resultados que não espelham as especificidades do mercado, mas que são conduzidos meramente pelo apelo popular”, avalia Thesing.
Ainda de acordo com ele, o novo projeto traria riscos à qualidade e, consequentemente, à competividade do produto brasileiro junto ao mercado internacional, tendo em vista que classificar na propriedade não permite as mesmas condições que hoje existem nas empresas, com iluminação adequada para a classificação e balanças aferidas pelo Inmetro.
Vantagens do Sistema Integrado de Produção de Tabaco
• Planejamento das safras de acordo com o mercado global;
• Garantia de qualidade e integridade do produto;
• Assistência técnica gratuita aos produtores;
• Financiamento da safra com aval das empresas;
• Transporte da produção custeado pelas empresas;
• Garantia de comercialização da safra contratada.
Diálogo necessário
Representantes do SindiTabaco e das empresas integradoras têm se colocado à disposição das representações dos produtores, legisladores e autoridades para dialogar de forma técnica e transparente sobre os impactos das medidas na cadeia de produção e enfatizar a importância do setor do tabaco para o Brasil. “Mantemo-nos abertos ao diálogo, pois entendemos a importância de todos os elos da cadeia produtiva atuarem de forma sinérgica, dentro dos limites da legislação. É preciso cautela para que não prejudiquemos um setor que gera empregos, renda e tributos”, comenta Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br
Eliana Stülp Kroth
elianakroth@sinditabaco.com.br(51) 3713-1777 / (51) 99667-7405
Com 10 anos de atuação e impacto validado por pesquisa do IDIS, o Instituto já transformou a vida de mais de mil adolescentes rurais e suas famílias no Sul do Brasil.
Abril de 2025 – Fundado em 23 de abril de 2015 com o objetivo de levar oportunidades de qualificação aos adolescentes do meio rural, sendo mais um instrumento do setor do tabaco no combate ao trabalho infantil, o Instituto Crescer Legal completa 10 anos com resultados expressivos. Sua principal iniciativa, o Programa de Aprendizagem Profissional Rural, já formou mais de mil adolescentes desde que foi implementado, em 2016.
O ineditismo do programa passa pela construção de uma metodologia própria, validada pelo Ministério do Trabalho, e que permite às empresas associadas repassarem cotas de aprendizado para adolescentes do meio rural. As atividades ocorrem no contraturno escolar e os jovens são contratados por meio da Lei da Aprendizagem, com remuneração e apoio para desenvolver seus projetos de vida sem sair de suas comunidades e sem prática na empresa.
Com carga horária de 800 horas por turma, o curso de empreendedorismo e gestão rural promovido pelo Instituto aborda temas como a identidade do jovem rural, educação financeira, cidadania temas da adolescência, engajamento comunitário e construção de projeto de vida. “É um programa que nasceu para combater o trabalho infantil no meio rural e que se consolidou como uma grande oportunidade de qualificação, renda e protagonismo para os jovens rurais”, comenta a gerente Nádia Fengler Solf, que acompanha a jornada de sucesso desde a fundação do Instituto.
Para marcar a data, o Instituto divulgou os resultados de uma pesquisa de impacto inédita, conduzida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), referência nacional em filantropia estratégica e avaliação de projetos sociais. O estudo, realizado entre fevereiro e março de 2025, com os egressos do programa, validou a transformação promovida ao longo da última década.
DADOS QUE COMPROVAM O IMPACTO SOCIAL DA INICIATIVA
“O Instituto é uma referência em desenvolvimento social, que impacta comunidades e projeta um futuro com mais oportunidades para a juventude rural”, afirma Valmor Thesing, diretor-presidente do Instituto Crescer Legal.
“Os dados comprovam, com método e evidência, o que vínhamos percebendo na prática: o impacto do Instituto vai muito além da formação técnica. Ele promove autoestima, voz, reconhecimento e abre caminhos reais para o futuro dos jovens”, explica Nádia Fengler Solf, gerente do Instituto Crescer Legal. “Agora, o IDIS inicia a segunda etapa da pesquisa, com aprofundamento qualitativo, para entendermos as histórias por trás dos números”, comenta.
ALÉM DOS NÚMEROS
A atuação do Instituto também tem refletido em ganhos não mensuráveis diretamente, como o fortalecimento da identidade rural, a sucessão familiar sustentável e o envolvimento comunitário dos jovens. Quase 40% dos participantes relataram diversificação nas propriedades após o curso, com iniciativas ligadas à sustentabilidade, infraestrutura e inovação no campo.
"A pesquisa com jovens egressos do Programa de Aprendizagem Profissional Rural identificou impactos positivos em frentes como o acesso à renda, a diversificação produtiva e a qualificação profissional, que podem contribuir para transformações mais duradouras, de longo prazo. Além disso, os dados indicam que o Programa não só ampliou as possibilidades de atuação desses jovens no meio rural como favoreceu o interesse pela permanência no campo e pela sucessão familiar", comenta Daniel Barretti, gerente de Monitoramento e Avaliação do IDIS.
Com reconhecimento crescente entre organizações do terceiro setor, educadores, empresas e gestores públicos, o Instituto se consolida como um modelo de transformação social, envolvendo tanto a iniciativa privada quanto parcerias com o poder público para a execução dos programas. Confira o vídeo com depoimentos de quem faz parte dessa história.
Sobre o Instituto Crescer Legal
Iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, o Instituto Crescer Legal tem sede em Santa Cruz do Sul (RS) e sua atuação já abrange 23 municípios dos três Estados do Sul do Brasil. Além do Programa de Aprendizagem, o Instituto conta com três outras iniciativas: o Programa de Acompanhamento dos Egressos; o Programa Nós por Elas – A voz feminina do campo; e o Programa Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação. Saiba mais em www.crescerlegal.com.br
Sobre o IDIS
O IDIS é uma organização social independente, fundada em 1999 e pioneira no apoio estratégico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalha junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades socioambientais no país. Sua atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação.
Eliana Stülp Kroth - elianakroth@sinditabaco.com.br - (51) 99667-7405
Daniella Turano – daniella.turano@andall.ag – (11) 99756-8812
Roberta Sena – roberta.sena@andall.ag – (11) 98435-6712
Projeto Solo Protegido, conduzido pelo SindiTabaco e Embrapa, agora faz parte do portfólio que contempla outras 60 ações das empresas associadas ao SindiTabaco voltadas à preservação ambiental. Conscientização junto aos produtores já demonstram resultados: atualmente, 74% aplicam práticas conservacionistas.
15 de abril de 2025, Dia Nacional de Conservação do Solo – Pesquisa realizada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) junto às empresas associadas aponta que, entre os produtores de tabaco, quase 75% aplicam técnicas conservacionistas no preparo do solo. E esse número tende a crescer com a chegada de mais uma iniciativa do setor voltada à conscientização dos produtores sobre o tema.
Trata-se do Projeto Solo Protegido, cooperação-técnica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o SindiTabaco. A ação prevê a seleção e o diagnóstico de propriedades que representam o setor produtivo do tabaco na região Sul do Brasil, a proposição de planos de intervenção contemplando as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e o monitoramento de indicadores-chave, visando a proteção e conservação ou a recuperação do solo.
Atualmente, as práticas conservacionistas adotadas pelos produtores de tabaco vão desde a correção do pH do solo com o calcário, a descompactação quando necessário e o preparo dos camalhões sobre a palhada de uma planta de cobertura, como aveia e centeio, por exemplo. A prática previne a erosão hídrica, evitando que o solo da superfície seja perdido em caso de condições climáticas adversas. O projeto Solo Protegido pretende testar e difundir outras medidas junto aos produtores integrados, como é o caso do mix de cobertura e a avaliação do carbono presente no solo das propriedades participantes.
Segundo a engenheira agrônoma e assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender, além de beneficiar o meio ambiente, a adoção de boas práticas agrícolas está diretamente ligada ao resultado da safra. “O bom uso do solo significa melhor aproveitamento dos nutrientes. Quanto mais conservado e protegido estiver o solo, maior a chance de a cultura alcançar o seu potencial produtivo e, consequentemente, gerar bons resultados financeiros. Por isso, proteger e conservar o solo deve ser visto como investimento pelo produtor.
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Próximas reuniões de 2025 estão agendadas para os dias 16 de julho, em Brasília, e em 02 de setembro, durante a Expointer, em Esteio (RS).
Abril 2025 – A 11ª Conferência das Partes (COP 11) esteve na pauta da 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizada nesta quinta-feira, 10 de abril, no município de Cachoeira, na Bahia. Romeu Schneider, presidente da Câmara, colocou em pauta a oficialização do Grupo de Trabalho voltado às discussões sobre a COP 11, com encaminhamentos previstos junto ao governo federal, visando a participação mais ativa dos produtores de tabaco nas discussões.
O deputado federal Rafael Pezenti esteve presente no encontro e se manifestou sobre seu projeto de lei que modifica a composição da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ). A CONICQ é responsável por formatar a posição brasileira levada para as Conferências das Partes, encontros realizados entre os países que aderiram à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Em 2025, o evento será realizado no mês de novembro, em Genebra, na Suíça.
“Atualmente, a CONICQ tem 16 membros e nenhum deles defende efetivamente os produtores de tabaco. Buscamos assento para essa representação e queremos provocar essa discussão. Participei de uma COP, no Panamá, e foi uma humilhação, uma vergonha. Mesmo com a procuração do povo, como deputado federal, não pude acompanhar uma sessão bancada com o dinheiro público”, enfatizou Pezenti.
O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou sobre o andamento da safra 2024/2025. Segundo ele, cerca de 30% da safra já está comercializada. “Com a boa produtividade, a estimativa é de uma safra em torno de 700 mil toneladas. Não se trata de uma super safra, mas sim de uma safra normal, que considera a recuperação da produtividade perdida na safra anterior e o aumento previsto da área plantada, em torno de 10%”, comentou. Ainda segundo ele, “a qualidade do tabaco parece estar dentro da normalidade em todas as regiões, fator fundamental para termos essa segurança de exportação de produto”, disse Drescher.
Francisco Eraldo Konkol, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Irineopolis (SC), lembrou da importância de o produtor observar o calendário de plantio do tabaco, visando manter a adequada qualidade e produtividade.
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, apresentou os resultados de exportação de 2024 e a expectativa para 2025.“Fechamos 2024 com um resultado extremamente satisfatório. Só não batemos o recorde em dólares por questões logísticas, mas o tabaco terminou o ano como o segundo produto na pauta de exportações de Rio Grande do Sul, atrás somente do complexo soja”, frisou Thesing. Segundo ele, pesquisa conduzida pela Deloitte estima que, em 2025, os embarques devem ser superiores aos de 2024, na faixa de 10% a 15%, tanto em dólares, quanto em volume. Entre janeiro e março, o Brasil exportou 104 mil toneladas e US$ 744 milhões, -1,78% e +12,85%, respectivamente, em comparação com 2024, segundo dados do ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. China, Bélgica, Indonésia, Estados Unidos e Emirados Árabes estão entre os principais destinos no primeiro trimestre de 2025.
Na sequência, Thesingapresentou ao grupo o Projeto Solo Protegido, iniciativa do SindiTabaco em parceria com a Embrapa. “O projeto terá duração de cinco anos e visa avanços na produção sustentável e a ampliação das boas práticas agrícolas, bem como a mensuração do carbono no solo em áreas produtoras de tabaco”, informou ao grupo. Ele também falou sobre o lançamento do programa Tabaco é Agro – Diversificação das propriedades, uma continuidade das ações que já estão consolidadas pelo setor há 40 anos. “A renda do tabaco é o que permite ao produtor fazer a sua diversificação, garantindo uma segunda fonte de receita, segurança alimentar e beneficiando também o solo das propriedades”, reforçou.
Os impactos da reforma tributária no setor do tabaco foram abordados pelo executivo da Abifumo, Edmilson Alves. “Estamos aguardando a questão da alíquota. Não cabe mais aumentar, isso dá margem ao contrabando e ao descaminho. Esperamos que o setor não seja ainda mais prejudicado, considerando o tamanho do mercado ilegal já existente”, comentou Alves.
O encontro foi encerrado com a apresentação de João Nicanildo Bastos dos Santos, do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, que fez uma apresentação sobre Regeneração do Solo e Oportunidades de Créditos de Carbono como Mitigador de Riscos na Cadeia Produtiva do Tabaco.
Entidades representativas se reuniram para definição do calendário de plantio que vai de 01 de maio a 30 de novembro. Janelas de transplante variam de acordo com a região e o tipo de tabaco.
Abril 2025 – Enquanto a safra 2025/2026 começa a ser planejada pelos produtores de tabaco, as entidades representativas da cadeia produtiva formaram consenso sobre uma mudança cultural necessária no campo:a conscientização sobre o calendário de plantio do tabaco. Esse foi umdos temas discutidos pelo Grupo de Trabalho Qualidade e Inovação, do Fórum Nacional de Integração da Cadeia Produtiva do Tabaco (Foniagro), com o objetivo terminar com os plantios fora de época, cuja prática traz diversas consequências negativas, como proliferação de doenças e pragas. Participaram do encontro representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), de empresas associadas e de entidades representativas dos produtores de tabaco.
“Alguns produtores vêm praticando plantios fora de época como forma de arriscar uma renda adicional, porém acabam prejudicando o solo e a qualidade do tabaco, pois plantios sucessivos da mesma cultura, na mesma área, podem levar ao aumento de pragas e doenças. Por isso, a recomendação é para que o produtor realize o plantio de outra cultura na área ou mesmo o plantio de cobertura para proteção do solo”, comenta o secretário do Foniagro e assessor da diretoria do SindiTabaco, Carlos Sehn.
Para o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, essa é mais uma ação com foco no fortalecimento do Sistema Integrado de Produção de Tabaco. “Esse é um momento de conscientização dos produtores e os orientadores terão papel fundamental no campo, levando a informação e as consequências negativas da prática. A orientação técnica será fundamental para conscientizar sobre o correto manejo do solo visando o aumento da produtividade e qualidade das lavouras. É possível que, no futuro, produtores que insistirem com plantios fora da janela definida não sejam mais registrados pelas empresas”, comenta o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing.
ESCOLHA DAS SEMENTES – Outra ação que tem sido reforçada no campo é a conscientização sobre os riscos das sementes piratas. Por não serem fiscalizadas e não passarem por rigoroso controle de qualidade e sanidade, podem disseminar pragas e doenças para as regiões onde o tabaco é produzido. Além disso, impactam negativamente a produção, seja por prejuízos financeiros ao comprometerem a produtividade e qualidade, mas também na quebra do contrato de integração e risco de não comercialização do tabaco. As entidades estão realizando uma campanha sobre o uso exclusivo de sementes certificadas que passam por um processo rigorosos de controle de produção, assegurando boas taxas de germinação, resistência e tolerância a doenças, bem como uma lavoura mais uniforme, com maior qualidade, produtividade e, por consequência, mais rentável ao produtor. Saiba mais
SOBRE O FONIAGRO – Instituído em 2016, o Fórum Nacional de Integração (Foniagro) é composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e das empresas integradoras, e tem por objetivo com definir diretrizes para o acompanhamento e desenvolvimento do sistema de integração e de promover o fortalecimento das relações entre o produtor integrado e o integrador. Fazem parte do Foniagro do Tabaco as Federações de Agricultura dos três Estados do Sul do Brasil (Farsul, Faesc e Faep), as Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep), a Afubra, o SindiTabaco e empresas associadas.
SOBRE O SINDITABACO – Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br