Produção reduz 10,9%, mas preço médio recebido pelo produtor aumenta 61,5%

Na safra 2021/2022, os 128.448 produtores de tabaco da Região Sul do Brasil produziram 560.181 toneladas de tabaco em folha, isto é 10,9% a menos do que a safra anterior, quando haviam sido produzidas 628.489 toneladas do produto. Porém, o preço médio recebido pelos produtores ficou 61,5% superior ao auferido na safra 2020/2021. Os dados estatísticos são da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e mostram também que houve redução de 9,8% na área cultivada com tabaco, ou seja, de 273.317 hectares na safra anterior para 246.590 hectares.

Na produção, a análise por estado revela que o Rio Grande do Sul é o maior produtor, com 44,2% do total (247.334 toneladas), Santa Catarina produziu 171.805 toneladas (30,7%) e o Paraná, 141.042 toneladas (25,1%). Do total de tabaco produzido no Sul do Brasil, 512.594 toneladas são da variedade Virgínia, 41.793 da Burley e 5.794 toneladas de Galpão Comum.

Em relação ao preço, a variação positiva de 61,5% segue o percentual do aumento nos valores médios recebidos pelos produtores: R$ 10,54 por quilo na safra 2020/2021 e R$ 17,02 por quilo na safra 2021/2022. Por estado, o preço médio praticado no Rio Grande do Sul foi R$ 17,26, em Santa Catarina foi R$ 17,19 e no Paraná, R$ 16,41. Portanto, mesmo com redução na produção, a receita bruta total recebida pelos produtores teve aumento de 44%. Na Safra 2020/2021 a receita foi de R$ 6.623.443.364,00 e na safra 2021/2022 o valor saltou para R$ 9.536.432.060,00. O Rio Grande do Sul participou com R$ 4.268.370.020,00, o que representa 44,8% do Sul do Brasil, Santa Catarina obteve receita bruta de R$ 2.954.039.330,00 (31%) e o Paraná obteve R$ 2.314.022.710,00, representando 24,3%.

MUNICÍPIOS QUE MAIS PRODUZIRAM

No ranking dos municípios, Canguçu (RS) continua no topo da lista, com 18.845 toneladas de tabaco produzidas por 5.144 produtores, números um pouco inferiores aos da safra anterior, quando 5.378 produtores haviam colhido 20.944 toneladas. O segundo colocado segue sendo São João do Triunfo (PR), com 18.262 toneladas e 2.125 produtores. Em terceiro lugar está Venâncio Aires (RS), com 16.948 toneladas produzidas por 3.711 produtores. Na quarta colocação aparece São Lourenço do Sul (RS), com 15.325 toneladas e 3.930 produtores; e em quinto lugar está Rio Azul (PR), com 14.450 toneladas e 2.015 produtores.

Na sequência, estão Itaiópolis (SC), com 14.274 toneladas; Canoinhas (SC), com 12.214 toneladas; Vale do Sol (RS), com 11.585 toneladas, em 8º lugar; Candelária (RS), com 11.386 toneladas; e Ipiranga (PR), com 10.926 toneladas, na 10ª colocação. Depois vem Santa Terezinha (SC), com 10.838 toneladas; Santa Cruz do Sul (RS), em 12º lugar, com 10.757 toneladas; Camaquã (RS), com 10.683 toneladas; Prudentópolis (PR), com 9.116 toneladas; e Irati (PR), com 8.685 toneladas, na 15ª colocação. Do total de 488 municípios produtores, 198 são gaúchos, 183 ficam em Santa Catarina e 107 são paranaenses.