Produção de madeira para lenha contribui com a preservação

Neste domingo, 17 de julho, é o Dia de Proteção às Florestas, data que tem o objetivo de promover a conscientização das pessoas sobre a importância da manutenção do lar de inúmeras espécies de animais e plantas para a qualidade de vida da humanidade. Para a preservação florestal, o setor do tabaco tem contribuído de diversas formas. Uma delas é o projeto Ações pela Sustentabilidade Ambiental na Cultura do Tabaco, criado pelo SindiTabaco em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Nessa iniciativa, ao incentivar a produção de eucaliptos para manter a autossuficiência em lenha para a cura do tabaco e produzir florestas energéticas com fins comerciais, o setor está colaborando com a preservação e recuperação da mata nativa. Com plantas de genética apropriada para o rápido crescimento e alta eficiência calorífica, o cultivo se torna vantajoso, eliminando a possibilidade de desmatamento irregular.

Pelo projeto, há compartilhamento de informações sobre novas tecnologias e materiais genéticos, que resultam dos experimentos realizados em 21 unidades demonstrativas implantadas em propriedades de 17 municípios gaúchos. E, para orientação aos produtores, são produzidos vídeos sobre técnicas de plantio e cultivo, planejamento, escolha da área, qualidade das mudas, aspectos legais, controles de formigas e tratos culturais.

O mais recente da série de vídeos trata sobre a escolha das espécies mais adequadas, pois, no caso do tabaco, a opção deve seguir alguns critérios. Por isso, os pesquisadores da UFSM explicam as características de cada uma das principais espécies produzidas nos viveiros do Rio Grande do Sul para a obtenção de lenha.

Por exemplo, o Eucalyptus dunnii se desenvolve melhor em solos férteis, úmidos e bem drenados e tolera geadas severas e secas moderadas. O Eucalyptus benthamii prefere solos úmidos e tolera geadas moderadas. O Eucalyptus saligna tem rápido crescimento, mas não tolera secas e geadas. Já o Eucalyptus camaldulensis tolera geadas leves, solos com inundações temporárias e secas prolongadas. E o Eucalyptus grandis tolera secas leves e é uma espécie com potencialidade melífera, mas não tolera secas severas e geadas.

Outros aspectos enfatizados no vídeo se referem à importância de a espécie escolhida ser adequada para a região e para os objetivos do plantio. No caso da utilização para fins energéticos, a recomendação é que a biomassa apresente propriedades físicas e químicas que influenciam na potencialidade do seu uso como combustível, em especial o elevado poder calorífico, alta densidade e que apresente baixo teor de umidade.

CLIQUE AQUI E ASSISTA AO VÍDEO.

O que o setor faz para proteger as florestas

– Desde a década de 70, o setor do tabaco incentiva o cultivo de florestas energéticas para a cura do tabaco. Por isso, há autossuficiência em lenha para as estufas, promovendo a recuperação das florestas nativas.

– No período de 2011 a 2017, o SindiTabaco realizou o monitoramento de dois blocos da Mata Atlântica em 22 municípios gaúchos e os relatórios evidenciaram a manutenção da cobertura florestal e o baixo índice de práticas de desmatamento. Por exemplo, no Bloco 1, de 137.663 hectares, a floresta nativa cresceu de 36,28% para 39,57% da superfície. E no Bloco 2, com área de 136.201 hectares, a floresta nativa aumentou de 35,59% para 40,22%.