Boas práticas na produção são fundamentais para a manutenção dos mercados compradores, especialmente internacionais.
Maio 2025 – A qualidade e a integridade do tabaco são imprescindíveis para manter a confiança dos clientes e assegurar a continuidade das exportações da produção brasileira. O comércio internacional valoriza a sustentabilidade e isso requer um compromisso com condutas responsáveis e cuidadosas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, a adoção de boas práticas agrícolas de forma integrada entre produtores e indústrias é essencial para a manutenção dos mercados.
Para promover a conscientização sobre as práticas recomendadas, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) vem implementando ações em parceria com entidades representativas dos produtores. A recomendação é seguir as orientações baseadas no Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), que consiste em uma parceria entre os produtores e as empresas, visando à realização de bons negócios para todos. Graças à confiança mútua, a reputação e a credibilidade do tabaco brasileiro têm sido asseguradas. E a intenção é que o fortalecimento dessa integração mantenha o processo produtivo em patamares compatíveis com as exigências dos clientes.
Entre as ações mais recentes do setor, está a distribuição de um folder aos produtores integrados às empresas associadas. O material impresso destaca aspectos como a importância do uso exclusivo de insumos autorizados e recomendados para a produção de tabaco, o que garante a oferta de produtos livres de contaminação. “Essas e outras particularidades são observadas nas auditorias de liberação do tabaco para exportação”, adverte Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.
Riscos de rejeição no mercado externo
Entre as principais implicações do descumprimento das práticas adequadas e do uso de insumos não recomendados está o risco de rejeição do tabaco pelos mercados externos e internos. Contaminações por resíduos de herbicidas, fungicidas, inseticidas e acaricidas de outras culturas — ou até mesmo o uso incorreto dos produtos permitidos (em desconformidade com a bula e o receituário agronômico) — comprometem a possível venda do tabaco. Inclusive, a recomendação é evitar o plantio de tabaco muito próximo de outras lavouras, como a de soja, para prevenir a contaminação por defensivos não recomendados.
Outras possíveis consequências do mau uso de defensivos são o surgimento de pragas resistentes. A assessora técnica do SindiTabaco, engenheira agrônoma Fernanda Viana Bender, destaca que o produtor deve adotar as boas práticas – como o Manejo Integrado de Pragas e Doenças – e utilizar agrotóxicos somente quando necessário. “A aplicação de insumos deve ocorrer de acordo com as indicações de dose, época e número de aplicações, prescritas no receituário agronômico”, resume.
Essas e outras orientações estão no folder. CONFIRA AQUI.
PARCEIROS – Nessa ação, o SindiTabaco conta com o apoio das seguintes entidades: Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Farsul, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema Faep) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).
Vídeo alerta sobre a legislação brasileira
As orientações para o cumprimento da legislação são tema de um vídeo sobre as recomendações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a respeito do uso de insumos no cultivo de tabaco. Ao lembrar que o controle dos produtos utilizados no cultivo agrícola é atribuição do governo federal, o auditor fiscal Jairo Carbonari ressalta a importância do uso exclusivo de fertilizantes, sementes e agrotóxicos registrados e fiscalizados. Segundo ele, os registros são concedidos mediante o cumprimento de diversos requisitos que comprovam e asseguram a qualidade e a eficiência dos produtos. “O produtor deve observar a procedência dos insumos no momento da aquisição”, recomenda.
No caso dos agrotóxicos, é essencial que estejam registrados especificamente para cada cultura. “Se não forem indicados para a cultura, além de não produzirem o efeito desejado, podem causar danos à plantação e prejuízos ao produtor”, acrescenta Carbonari. “Somos cada vez mais exigidos a produzir com responsabilidade social e sustentabilidade ambiental”, afirma. E lembrando que o tabaco, por se tratar de um produto de exportação, tem controles de qualidade e sanidade ainda mais rigorosos. VEJA O VÍDEO.
PRODUTOR, LEMBRE-SE DE:
– Usar somente insumos registrados e recomendados pelas empresas integradoras.
– Adquirir quantidades adequadas de insumos para a safra.
– Seguir as recomendações técnicas especificadas pelas empresas.
– Evitar plantios de tabaco muito próximos a outras culturas, pois podem ser contaminados por defensivos não recomendados.
– Adotar as boas práticas agrícolas e o Manejo Integrado de Pragas e Doenças, usando o agrotóxico somente quando necessário.
– Seguir as recomendações descritas no receituário agronômico.
– Aplicar os defensivos de acordo com as orientações de dose, época e número de aplicações.
– Usar regador ou pulverizador destinados somente para aplicação de agrotóxicos.
– Lavar bem o pulverizador antes de qualquer aplicação, principalmente se tiver sido usado com produtos para outras culturas.
– Não aplicar nenhum agrotóxico em tabaco armazenado no paiol.