Plantio direto e cultivo mínimo são aplicados em 76% das lavouras de tabaco

Os dados coletados pelas indústrias de tabaco na assistência aos produtores mostram que a aplicação de práticas de cultivo que primam pela conservação do solo tem aumentado de maneira significativa. Atualmente, 76% das lavouras de tabaco são cultivas usando as técnicas de plantio direto ou cultivo mínimo. Essa evolução vem sendo observada desde 2007, quando o corpo técnico do Sindicato Interestadual da indústria do Tabaco (SindiTabaco) começou a fazer inventários permanentes dos dados.

Os levantamentos mostram que em 2007, 83% dos produtores ainda aplicavam técnicas tradicionais, com aração do solo no preparo das lavouras e as técnicas conservacionistas era realidade em apenas 17% das lavouras. Desde então, uma evolução contínua vem sendo verificada. Os maiores avanços foram observados entre 2011 e 2014, quando os números das técnicas conservacionistas superaram os do cultivo convencional. Nesse período, o plantio direto e cultivo mínimo aumentou 26% (de 39% para 65% das lavouras) enquanto a aplicação de técnicas convencionais caiu de 61% para 35%.

No setor do tabaco, o incentivo e a orientação para a adesão dos produtores às técnicas de plantio direto e cultivo mínimo faz parte do Sistema Integrado de Produção (SIPT) que incentiva práticas sustentáveis nas propriedades produtoras, como a manutenção da qualidade do solo e da água. A Adesão dos produtores tem sido significativa porque, após os primeiros anos com uso de coberturas do solo, eles percebem aumento na qualidade e fertilidade natural. E, no passar dos anos, há diminuições de adubações e consequente redução no custo de produção.

PARA LEMBRAR

PLANTIO DIRETO – Quando o plantio é efetuado sem as etapas do preparo convencional da aração e gradagem. Nessa técnica, é necessário manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica.

CULTIVO NÍNIMO – Sistema que está situado entre o cultivo convencional e o plantio direto. O uso de máquinas agrícolas sobre o solo é mínimo, com a finalidade de menor revolvimento e compactação.