Para onde vai o tabaco brasileiro?

Oitenta e cinco por centro das folhas de tabaco cultivadas pelos produtores brasileiros são exportadas. Na safra 2019/2020 foram produzidas 603 mil toneladas. E, durante 2020, 514 mil toneladas foram para o exterior, compradas por clientes de 113 países. A Bélgica (na Europa) é o principal comprador do tabaco brasileiro, seguido da China (2º), Estados Unidos (3º), Indonésia (4º), Emirados Árabe (5º), Turquia (6º) e Rússia (7º).

Quando se fala em mercados regionais do planeta, o principal destino do produto brasileiro é a União Europeia, que recebe 41% do tabaco, seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%). Fato é que o Brasil é o principal exportador mundial de tabaco e domina 25% dos negócios do produto. Há 28 anos, o Brasil se mantém na posição de maior exportador do mundo.

Por fornecer um produto de exportação, os produtores e as indústrias precisam atender às exigências do mercado internacional, que demanda cada vez mais por produção sustentável, com reduzido impacto ambiental e que não usa mão de obra infantil. Também é preciso haver a possibilidade de rastrear a produção em relação aos manejos e aos defensivos agrícolas usados.

É para atender a esse mercado exigente que as indústrias de tabaco se juntam aos produtores através do Sistema Integrado de Produção (SIPT). Para as empresas, a organização do Sistema Integrado é importante por permitir oferecer garantia de fornecimento regular e produtos com qualidade e integridade. E para os produtores, o SIPT possibilita garantia de venda da produção e assistência técnica e financeira.

É também para oferecer diferencial aos clientes internacionais que o setor se empenha em ter rastreabilidade dos processos de produção, o que é feito por meio da Produção Integrada do Tabaco, programa oficial do governo brasileiro estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Através da certificação do tabaco, torna-se viável comprovar a origem e os métodos empregados na geração dos produtos, por meio de registros sobre princípios de sustentabilidade dos sistemas produtivos e sua relação com as demandas ambiental, econômica e social.

Para os produtores, os principais benefícios da rastreabilidade são a oportunidade para redução de custos de produção, a produção diferenciada e a garantia de continuidade no mercado. E para o setor com um todo, a principal vantagem é o reconhecimento em sustentabilidade e responsabilidade socioambiental e maior diferencial competitivo no mercado global.

As exportações de tabaco são tema da SindiTabaco News edição janeiro a abril de 2021: http://www.sinditabaco.com.br/imprensa/press-kit-e-publicacoes/