Novos produtos fitossanitários contribuem para a sustentabilidade do agro e qualidade de vida das pessoas

A produção vegetal tem que se modernizar em todos aspectos, obedecendo a sustentabilidade não apenas ambiental, mas também social e econômica. As pragas agrícolas causam, em média, cerca de 40% de redução na produção. Deve-se usar o MIP (Manejo Integrado de Pragas), priorizando-se medidas preventivas como cultivares resistentes, materiais de propagação sadios, rotação de culturas, vazio fitossanitário, adubação equilibrada, etc. Entretanto, destaca-se o uso correto e seguro de produtos fitossanitários ou defensivos agrícolas químicos e biológicos, como uma das medidas mais frequentes.

Os produtos mais modernos são, em geral, melhores quanto a sua eficácia agronômica e, principalmente, por apresentarem melhores características ambientais e toxicológicas. Seu uso se torna mais amigável, positivo e com menos efeitos colaterais. 

No Brasil, os defensivos só podem ser liberados após serem registrados. Este processo é extremamente rigoroso, desenvolvido por três órgãos: ANVISA/Ministério da Saúde, IBAMA/Ministério de Meio Ambiente e MAPA/Ministério da Agricultura, após analisarem estudos toxicológicos, eco-toxicológicos e agronômicos, respectivamente.  Só após serem aprovados pelos três órgãos é que o defensivo pode ser utilizado pelos agricultores. Assim, a liberação de mais produtos é benéfica e favorável para o agro.

Isto não significa aumento de consumo: o agricultor só usa o defensivo quando as outras medidas de manejo de pragas não foram satisfatórias. E só pode adquirir o defensivo com uma receita agronômica elaborada por um profissional habilitado.

Sim, os novos produtos vêm para agregar a este importante setor que se destaca na economia do país. O aumento do número de produtos liberados significa avanço no agronegócio e, consequentemente, para a alimentação da população, com mais alternativas disponíveis para o agricultor, com preço menor devido a concorrência e com a disponibilidade de produtos mais modernos e baratos. Isto é sustentabilidade. Isto significa alimentos mais saudáveis para consumidores e menos exposição dos aplicadores aos defensivos.

Colunista

José Otavio Menten

Presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Eng. Agrônomo e Professor Sênior da ESALQ/USP