Em meados de 2022, um levantamento publicado pela Revista Exame mostrava que o Brasil havia perdido aproximadamente R$ 90 bilhões em decorrência do contrabando de cigarros nos últimos 10 anos. Além disso, o Instituto IPEC Inteligência apontava que a ilegalidade respondia por 48% de todos os cigarros consumidos no Brasil e que 53,1 bilhões de cigarros ilegais haviam circulado no país em 2021. Ainda segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o prejuízo em evasão fiscal de cigarros ilegais fica em torno de R$ 10 bilhões por ano. Diante da situação apontada pelas mais diversas instituições de pesquisa, o mercado clandestino de tabaco é um tema que merece estar no topo dos debates deste 3 de março, Dia Nacional de Combate ao Contrabando.
Não é só o governo quem perde. As indústrias legalizadas, que mantém empregos formais e cumprem todas as normas sanitárias e trabalhistas, sofrem com a concorrência desleal dos produtos mais baratos. Além disso, os consumidores, ao optarem pelos cigarros ilegais, financiam o contrabando ao mesmo tempo que consomem algo sem qualquer controle sobre como é feito e as matérias-primas usadas. Por isso, o setor do tabaco tem mantido mobilização junto aos governos e órgãos de segurança pública para mostrar a importância de combater o contrabando e a pirataria.
O mercado ilegal é um dos temas tratados pelo gerente executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo, no seu artigo para a seção Sob um Novo Olhar, da SindiTabaco News. Em seu texto, Lobo ressalta que o combate ao contrabando deve ser uma política do governo federal em cooperação com governos estaduais. “O comércio ilegal de cigarro gera prejuízos para os cofres públicos, financia o crime organizado e gera riscos fitossanitários para a sociedade”, salienta.
Giuseppe Lobo prevê ainda que 2023 será um ano desafiador para o setor legalizado, mas de superação, pois o tabaco tem as melhores práticas de produção sustentável, a dedicação e o empenho de milhares de produtores integrados e uma indústria inovadora e dinâmica. “Vamos continuar gerando emprego e renda para as famílias no campo e vamos continuar exportando e gerando divisas para os estados do Sul e para o Brasil. Esse é o compromisso da cadeia do tabaco”, diz.
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