A safra de tabaco 2019/2020 foi de 603 mil toneladas, cultivas em 261 mil hectares, em 544 municípios, por 146 mil produtores. O Brasil continua sendo o segundo maior produtor de tabaco no mundo, atrás apenas da China e seguido pela Índia e Zimbabwe (3º e 4º lugares). A produção da safra envolveu o trabalho de 585 mil pessoas no meio rural e o beneficiamento industrial foi realizado por 40 mil empregados. Outros dados relevantes são de que a receita conjunta dos produtores foi de R$ 5,6 bilhões e os negócios com tabaco rendem anualmente R$ 14,5 bilhões em impostos para o governo brasileiro.
Da produção de tabaco, 46% do total é cultivada nas lavouras do Rio Grande do Sul (por 73 mil produtores), 30% em Santa Catarina (44 mil produtores) e 24% no Paraná (29 mil produtores). No RS, foram 131 mil hectares cultivados em 219 municípios e envolvendo 292 mil pessoas no meio rural. Em SC, o cultivo de tabaco correu em 73 mil hectares de 201 municípios com o trabalho de 176 mil pessoas. E no PR, foram 57 mil hectares de lavouras em 124 municípios, com mão de obra de 117 mil pessoas.
Entre os municípios com maior produção, o campeão da safra foi São João do Triunfo (PR), com 19.422 toneladas produzidas por 2.359 produtores. Em segundo lugar está Canguçu (RS), com 17.406 toneladas cultivadas por 5.539 produtores. A terceira colocação é de Itaiópolis (SC), que teve 16.741 toneladas produzidas por 2.961 produtores. Em quarto lugar está Rio Azul (PR), com 16.138 toneladas de tabaco produzidas por 2.393 produtores. O quinto lugar é de Canoinhas (SC), que teve produção de 15.399 toneladas por 2.817 produtores.
Na sequência estão Venâncio Aires (RS), em sexto lugar, com 15.281 toneladas e 3.925 produtores; São Lourenço do Sul (RS), com 14.708 toneladas produzidas por 4.028 produtores; Ipiranga (PR), na oitava colocação, com 12.724 toneladas cultivadas por 2.100 produtores; Santa Terezinha (SC), com 12.481 toneladas e 2.178 produtores; Prudentópolis (PR), em 10 lugar, com 12.210 toneladas produzidas por 1.816 produtores; Candelária (RS), com produção de 10.906 toneladas por 3.306 produtores; Irineópolis (SC), em 12º lugar, com 10.536 toneladas produzidas por 2.048 produtores; Santa Cruz do Sul (RS) em 13º lugar, com 10.317 toneladas produzidas por 3.409 produtores; Vale do Sol (RS), que teve 10.270 toneladas cultivadas por 2.516 produtores; e Imbituva (PR), na 15ª colocação, com 10.205 toneladas produzidas por 1.187 produtores.
O ranking dos municípios com maior produção de tabaco sofreu mudanças em relação à safra anterior. Canguçu era o maior produtor, e agora está na segunda colocação, atrás de São João do Triunfo. Outro dado a ser observado é que, por muitos anos, Venâncio Aires foi o maior produtor e agora está em sexto lugar.
A PROPRIEDADE
Conforme os levantamentos da Afubra, a produção de tabaco é caracterizada por pequenas, propriedades diversificadas e que possuem áreas florestais. O perfil da propriedade da safra 2019/2020 mostra que o tamanho médio é de 13,7 hectares sendo que 21% da área é destinada ao cultivo de tabaco e 23% para pastagens. Além disso, a média é 24% de cada propriedade ser coberta por mata, sendo 15% mata nativa e 9% por reflorestamento. Do restante, 18% do solo é destinado ao cultivo de milho, 8% à soja, 1% ao feijão e 5% a outras culturas, como hortaliças, frutas, arroz, cana-de-açúcar, etc. Um dado considerável é que o tabaco, ocupando 21% da área, representa 46,4% da renda do produtor, comprovando que é a cultura mais rentável em pequenas propriedades.