Duas décadas tornando o campo mais limpo

Entre os diversos compromissos dos empreendedores do campo que produzem tabaco está o de todos os anos, comparecer ao ponto de coleta do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos mais próximo da sua propriedade para fazer a devolução dos recipientes usados e tríplice lavados. Essa prática já tradicional é consequência de uma ação contínua de conscientização e coleta itinerante, que há 20 anos passa por todas as regiões produtoras de tabaco.

Os levantamentos já contabilizam mais de 17 milhões de recipientes coletados. Porém, os números expressivos da coleta não significam que a lavoura de tabaco demanda muito agrotóxico, pois é usado apenas 1,1 quilo de ingrediente ativo por hectare. Como as propriedades são diversificadas, os produtores têm a oportunidade de entregar quaisquer embalagens de produtos usados em qualquer das culturas agrícolas da propriedade.

A iniciativa do setor do tabaco, que é referência em logística reversa, tem atividade itinerante, com coletas em 1,8 mil pontos em localidades rurais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Após coletadas, as embalagens passam por centrais de triagem credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) e, a maior parte, em torno de 94%, dá origem a novos produtos, como outras embalagens plásticas e insumos usados na construção civil.

 

SAIBA MAIS

– O Programa de Recebimento de Embalagens é pioneiro e antecede a legislação de 2002 sobre a devolução das embalagens, pois o setor do tabaco já havia começado a fazer coleta dois anos antes (em 23 de outubro de 2000).

– A ação conta com a atuação dos profissionais de campo das indústrias associadas ao SindiTabaco e da Associação dos Fumicultores do Brasil, que distribuem os convites aos produtores de tabaco com a indicação da data e horário do recebimento nos pontos mais próximos das propriedades.

– Todos os municípios produtores de tabaco no RS e SC são beneficiados com o Programa. No Paraná, iniciativas semelhantes realizadas pelas centrais locais são apoiadas pelas empresas associadas ao SindiTabaco.