Cultivar espécies florestais energéticas para atendimentos às demandas de madeira e lenha é a estratégia do setor do tabaco para que a mata nativa seja preservada. Nesta segunda-feira, 17 de julho, pode-se dizer que cada um dos 128 mil empreendedores do campo que produzem tabaco é também um protetor de florestas. E, para garantir a eficiência no cultivo de eucaliptos, o SindiTabaco e suas empresas associadas possuem o Projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco, que visa promover o manejo correto de espécies de rápido crescimento.
Entre as atividades realizadas, no final de junho, os membros do grupo de trabalho formado por representantes das indústrias realizaram uma visita técnica a três das diversas Unidades de Referência do Projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal. Na ocasião, o coordenador da ação, professor-doutor Jorge Antônio de Farias, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e pesquisadoras envolvidas no projeto apresentaram informações técnicas que contribuem para maximizar os resultados. As visitas foram às propriedades de Ernani Muller e de Carlos Erdmann, em Vera Cruz (RS), e Adelmo de Mello, em Passo do Sobrado (RS).
Durante o dia de estudo no campo, algumas das discussões foram a respeito das espécies implantadas nas áreas, que para fins energéticos, são indicadas as de maior densidade, e do espaçamento adequado de 2 x 3 metros, que favorece o crescimento uniforme das árvores. Outras informações foram de que, após quatro anos, as árvores com diâmetro menor que 20 centímetros podem ser eliminadas, pois não cresceram adequadamente e não crescerão mais em função do sombreamento feito pelas demais árvores do talhão.
O manejo correto no primeiro ano da floresta foi enfatizado por Jorge Farias como fundamental para a obtenção de lenha de qualidade no final do ciclo. Conforme ele, o solo deve ser descompactado e corrigido com antecedência e o replante deve ser feito somente até os 30 dias, pois as novas mudas devem conseguir acompanhar o pico de crescimento das transplantadas inicialmente. Outros aspectos importantes mencionados para o manejo do primeiro ano foram: o controle de formigas cortadeiras; a roçada da área ao redor das mudas para evitar a mato-competição; e a adubação de base e de cobertura nos primeiros meses para que as mudas se desenvolvam adequadamente.
O QUE FOI OBSERVADO
APRENDA MAIS
Para compartilhar informações que contribuem com a boa condução do cultivo de plantas energéticas, a equipe do Projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco fez diversos vídeos sobre manejos. CLIQUE AQUI e assista.
CURIOSIDADE
A data de 17 de julho para proteção das florestas foi escolhida porque é o Dia do Curupira, personagem do folclore brasileiro conhecido por defender a natureza. Segundo a lenda, o Curupira protege as florestas das agressões do homem, tais como desmatamento e caça de animais. Conforme a crendice popular, os agressores são atraídos por essa figura e nunca mais retornam, perdendo-se na mata.
