Práticas agrícolas responsáveis reduzem emissão de carbono

Tema é abordado em entrevista com representante do MAPA na newsletter SindiTabaco News, que pode ser conferida no site do SindiTabaco.

O engenheiro agrônomo João Nicanildo Bastos dos Santos, analista de pesquisa do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), foi a personalidade entrevistada na 49ª edição da SindiTabaco News. Ao falar sobre formas de redução nas emissões de carbono, ele destaca que o implemento das práticas agrícolas sustentáveis como as do Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) pode contribuir de várias maneiras. “O manejo adequado do solo, por exemplo, por meio da rotação de culturas, plantio direto, cobertura vegetal e integração lavoura-pecuária-floresta, ajuda a reter carbono, evitando sua liberação na atmosfera. Além disso, o uso de fontes renováveis de energia e a redução do uso de agrotóxicos contribuem para a diminuição das emissões”, completa.

A respeito da avaliação sobre a pegada de carbono, João Nicanildo diz que é observada a quantidade total de gases de efeito estufa emitidos direta ou indiretamente por uma atividade, produto ou evento, durante todo o ciclo, desde a produção até o descarte. “Avalia-se o uso de energia, recursos naturais, transporte, entre outros”, explica. O entrevistado lembra também que a integração de práticas sustentáveis, além de reduzir as emissões de carbono na cadeia produtiva do tabaco, pode também favorecer a captação de créditos de carbono, contribuindo assim para um futuro mais sustentável.

OUTROS TEMAS – A publicação destaca ainda a liderança brasileira no ranking mundial de exportação de tabaco. Com 90% da sua produção enviada a outros países, a geração de divisas em 2023 foi de US$ 2,729 bilhões. Foram embarcadas 512 mil toneladas, com destino a 107 países, tendo como principais mercados a União Europeia (42%) e o Extremo Oriente (31%). Em seu texto de apresentação, o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, diz que os números expressivos mostram a grande importância do tabaco no cenário brasileiro e lamenta que, mesmo assim, os representantes do Brasil na 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco apresentaram posicionamento de ataque ao setor.

É notícia da publicação também o início de mais um ano do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do Instituto Crescer Legal, pelo qual as indústrias de tabaco contratam jovens aprendizes rurais para que frequentem o curso de Empreendedorismo e Gestão. Em 2024, com o início de uma turma em São João do Triunfo, no Paraná, o Instituto agora está nos três estados do Sul do Brasil. Os outros municípios beneficiados são Itaiópolis, em Santa Catarina; e Gramado Xavier, Vera Cruz, Agudo, Novo Cabrais e São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul. Além disso, no espaço destinado a questões ambientais, a matéria trata da Agenda Ambiental Cisvale 2030, uma iniciativa de planejamento estratégico que teve o SindiTabaco entre as primeiras entidades integradas.

Já a seção Sob um novo Olhar, traz um artigo do professor Dr. Luiz Antonio Slongo, que coordenou a pesquisa Perfil socioeconômico do produtor de tabaco da Região Sul do Brasil, realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele fala sobre os principais dados, que mostram a superioridade socioeconômica dos produtores de tabaco. “Os resultados da pesquisa ajudam a entender a manifestação de satisfação dos produtores de tabaco, bem como sua firme predisposição em continuar cultivando o produto, estampando uma condição de vida que nada tem a ver com ideias distorcidas de abandono e de vida precária que, por vezes, se quer generalizar em relação aos pequenos produtores rurais no Brasil”, consta.

Na seção Caminhos do Tabaco, o município destacado é Itaiópolis, de Santa Catarina, que tem na produção de tabaco seu principal pilar econômico e social. O prefeito Mozart Myczkowski conta que 66% da arrecadação do município tem origem no agronegócio, e desses 66%, mais de 50% vem do tabaco. Além, disso, na seção Fala, Produtor, a publicação apresenta Aldo Niedzwiecki, que aplica tecnologias avançadas na sua propriedade e leva a sério as boas práticas na produção.

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