Trabalho infantil e saúde dos produtores é debatido em Ciclo de Conscientização

3 . JUL . 2019 Releases

Julho 2019 – Um grande público participou do 11º Ciclo de Conscientização sobre Saúde e Segurança do Produtor e Proteção da Criança e do Adolescente, na tarde desta terça-feira, 02 de julho, em Papanduva (SC). Aproximadamente 500 pessoas, entre produtores de tabaco, agentes de saúde, diretores de escolas, conselheiros tutelares e autoridades compareceram ao evento com o objetivo de discutir temas importantes como trabalho infantil, utilização da vestimenta de colheita e cuidados no manejo de agrotóxicos.

Promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, com apoio da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), desde 2009, o Ciclo de Conscientização atende aos acordos firmados perante o MPT-RS e MPT-Brasília e já conta com a participação de mais de 25 mil pessoas de 60 municípios.

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, “ao adotar condutas que cuidam da saúde e bem-estar de todos os envolvidos no processo de produção, preservamos também o próprio negócio, considerando que exportamos boa parte da nossa produção e o mercado externo busca produção sustentável, com garantias de que não foi produzido por mão de obra infantil ou às custas da saúde e segurança dos produtores”. O executivo reforça a mensagem de que os processos mudaram, tanto na forma de se comunicar, como de gerir a propriedade. “Os jovens precisam estar hoje muito melhor preparados para enfrentar os desafios. A educação vem de casa, mas o conhecimento adquirido na escola é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional”, complementa.

Iro Schünke abriu o evento em Papanduva

O gerente de assuntos ambientais da Afubra e coordenador geral do Projeto Verde é Vida, Adalberto Huve, endossa o movimento de conscientização. “Nós sabemos o quanto o tabaco é importante aqui no Sul do Brasil. Educação hoje é a melhor herança que podemos deixar para os nossos filhos. Se todos nós trabalharmos em conjunto para levar o conhecimento e esclarecimento à cadeia produtiva a sustentabilidade do negócio se torna mais nobre”. Adalberto reforça que apenas o trabalho coletivo possibilita o desenvolvimento e crescimento individual.

Com quase 1,4 mil produtores de tabaco, Papanduva está entre os maiores produtores da folha no Rio Grande do Sul, estado responsável por quase 50% da produção de tabaco no País. O prefeito em exercício de Papanduva, João Jaime Ianskoski, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Tafarel Schons, além de autoridades locais, acompanharam a programação que iniciou com um bate-papo sobre proteção da criança e do adolescente com a participação do procurador aposentado pelo Ministério Público do Trabalho, Veloir Dirceu Fürst, e da advogada e socióloga, Dra. Ana Paula Motta Costa. Em um vídeo em formato de perguntas e respostas, eles responderam questionamentos comuns dos produtores sobre o tema trabalho infantil.

No Brasil, o decreto 6481/2008 regulamentou duas convenções internacionais, seguindo a recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o que colocou o tabaco na lista de formas de trabalho e, portanto, proibidas para menores de 18 anos. O trabalho infantil se caracteriza ao utilizar crianças ou adolescentes para substituir a mão de obra adulta necessária, privando-a de educação ou de momentos de lazer.

Na sequência, o Dr. NikoTino trouxe informações sobre a correta aplicação, manuseio e armazenagem de agrotóxicos, bem como sobre a utilização da vestimenta de colheita. Conheça alguns dos pontos destacados por ele ou assista ao vídeo completa no canal do SindiTabaco no Youtube.

  • Somente utilizar agrotóxicos registrados, de acordo com a receita agronômica;
  • Manter o pulverizador em perfeitas condições de uso e sem vazamentos;
  • Durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, sempre utilizar o EPI;
  • Não permitir a aplicação por menores de 18 anos, idosos e gestantes;
  • Armazenar os agrotóxicos em armário feito de material resistente, chaveado e destinado somente para esse fim, com acesso restrito a trabalhadores orientados a manuseá-los;
  • Não reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos para qualquer fim;
  • Realizar a tríplice lavagem da embalagem vazia de agrotóxico, utilizando o EPI;
  • Sinalizar áreas tratadas com agrotóxicos com placa específica para este fim;
  • Usar sempre luvas impermeáveis e vestimenta específica para a colheita;
  • Evitar colher quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho;
  • Dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco;
  • Além do momento da colheita, o produtor deve ficar atento durante o desponte, o carregamento e a cura/secagem das folhas.

O encerramento ficou por conta da peça teatral Rádio Fascinação, encenada pelo grupo de atores de Santa Cruz do Sul (RS), Espaço Camarim, que também interagiu com o público e relembrou os principais pontos de forma lúdica e bem-humorada.

Assista

O Mundo do Dr.NikoTino

Bate-papo sobre trabalho infantil

Doença da Folha Verde do Tabaco

PRÓXIMOS EVENTOS – Os próximos eventos acontecerão em Chapadão do Lageado (SC), no dia 3; Ivaí (PR), no dia 16, e Rebouças (PR), dia 17 de julho.

11º CICLO DE CONSCIENTIZAÇÃO

Data Município UF Produtores Produção (ton)
02 de julho Papanduva SC 1.394 7.514
03 de julho Chapadão do Lageado SC 657 4.778
16 de julho Ivaí PR 692 4.732
17 de julho Rebouças PR 764 3.591

(Fonte: Afubra/Safra 2017-18)

Fotos: Junio Nunes

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