PERFIL DO PRODUTOR

O cultivo de tabaco no Brasil tem como base as pequenas propriedades, em média com 12,3 hectares, sendo que destes, apenas 23% são dedicados à produção da folha. Apesar da pequena lavoura plantada, o cultivo representa 43,4% da renda familiar dos agricultores, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). A área restante é reservada para culturas alternativas e de subsistência (29,5%), criações de animais e pastagens (22,5%), florestas nativas (15%) e reflorestamento (10%). Segundo a Afubra, 22,8% das famílias que produzem tabaco não possuem terra própria, ou seja, 31,3 mil famílias desenvolvem a cultura em regime de parceria ou arrendamento.

Ciente desse perfil, há décadas as indústrias de beneficiamento de tabaco incentivam os produtores a diversificar suas atividades, justamente para que não dependam exclusivamente de uma cultura. Por meio de atividades paralelas, os agricultores reduzem seus custos com a alimentação da família e de animais criados na propriedade, e aumentam a renda com a comercialização de excedentes de produção. É uma forma de melhorar a qualidade de vida das famílias e contribuir para que permaneçam no meio rural, reduzindo as chances de êxodo para os centros urbanos.

A indústria do tabaco do Sul do Brasil é composta por empresas de pequeno, médio e grande porte. Estas empresas estão entre as mais sofisticadas do gênero no mundo, utilizando modernos conceitos de produção e equipamentos de industrialização de última geração.

Os municípios de Santa Cruz do Sul (foto) e Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, concentram o maior número de empresas, constituindo o maior complexo de processamento de tabaco do mundo.

Em Santa Catarina e no Paraná, as indústrias de beneficiamento e industrialização de tabaco estão localizadas nas cidades de Rio Negro (PR) e Araranguá (SC). A renda gerada a partir da indústria é decisiva nos municípios em que atua por proporcionar, além dos postos diretos em suas unidades industriais, diversos empregos indiretos